Escola aposta na autonomia e incentiva bebês a comerem sozinhos e com as mãos
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14/05/2020Oftalmologista recomenda que pais se atentem ao tipo de atividades previstas, se brincadeiras são priorizadas e ao tempo em que as crianças ficam submetidas às telas
A saúde ocular pode ser influenciada pela escola, principalmente nos primeiros anos de vida. Isso porque a visão humana é um dos únicos órgãos do sentido que não está pronto no nascimento. Ela se completa entre os 7 e 10 anos de vida, sendo os dois primeiros anos são cruciais. Tal fato, exige cuidado por parte dos pais e professores em estimular o pleno desenvolvimento neuronal que envolve o ato de enxergar.
Não por acaso o uso de telas antes dos dois anos de idade está banido pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP). Após essa idade, a entidade preconiza que o uso de eletrônicos pelas crianças não ultrapasse os 30 minutos diários e sempre a uma distância maior que 30 centímetros. “Em todo o mundo se vive um aumento dos casos de miopia entre crianças sem histórico familiar, porque desde muito cedo estão próximas a livros, celulares, televisão e tablets, o que limita a amplitude do olhar, daí a importância de observar se as escolas valorizam o aprendizado de forma lúdica, em ambientes abertos, que estimulam o movimento do olhar”, orienta a oftalmologista Liliane Back Ferré.
Na Interpares Educação Infantil, que atende crianças de 0 a cinco anos, a cartilha de como preservar e estimular a visão dos pequenos integra a metodologia de ensino. Não por acaso, neste ano, quando os alunos tiveram a oportunidade de serem avaliados pelo Adam Robô, ferramenta de pré-teste visual da startup curitibana Prevention, o resultado foi extremamente positivo. “Nossa vantagem é que as crianças não ficam muito tempo com a cabeça abaixada, nem para fazer o desenvolvimento de atividades cognitivas, diferente de outras escolas, onde os alunos ficam muito tempo em um ambiente pequeno, com objetos ao redor, restringindo o movimento ao olhar fechado, em detrimento do movimento de olhar amplo, como quando estão num parque ou brincando ao ar livre”, comenta a coordenadora pedagógica Carol Brand.
“Os oftalmologistas e pediatras defendem que precisamos exercitar o movimento de olhar amplo. Por isso buscarmos dar muitas oportunidades e estímulos para que as crianças tenham essa variação de movimentos”, acrescenta.